E seu nome é Jonas

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Uma das atividades da Disciplina Libras (prof. Betty Andrade) foi assistir ao filme "E seu nome é Jonas"http://interfilmes.com/filme_v1_22675_E.Seu.Nome.e.Jonas.html#Comentario.

Você é contra ou a favor do ensino de Libras para os alunos surdos? O filme tem uma posição bem definida. Segue abaixo uma resenha com spoilers!

O filme “E seu nome é Jonas” (And your name is Jonah) foi lançado em 1979 na televisão americana. Embora em sua estreia o filme tenha sido apresentado sem legendas, o que dificultou a compreensão pela comunidade surda, tanto a comovente história que relata, como o fato de ter sido protagonizado por um jovem ator surdo, e não um ator se passando por surdo, fizeram do filme um marco para a cultura surda americana (Berke, 2010, in: deafness.about.com/cs/deafentertreinment/a/deafnessinmovie.htm)).

                  Jonas é um menino que após passar três anos numa instituição para crianças com défcit cognitivo, é diagnosticado como surdo. Então, quando a família recebe a notícia de que o menino não possui problemas mentais – ele apenas não ouve – inicia-se uma nova fase na vida de Jonas, que volta a morar com a família e passa a freqüentar uma escola para surdos.

                  Nesta escola, a linguagem de sinais não é permitida porque, de acordo com a diretora, aprender a falar com gestos é ser condenado ao isolamento: “só poderá se comunicar com outros surdos”.

                  Todo o trabalho da escola parece infrutífero, já que o menino vai ficando cada vez mais isolado em seu mundo, sem conseguir comunicar desde questões banais – o fato de não gostar de ervilha – até aquelas mais dramáticas, como a incerteza sobre o que aconteceu com o avô que tanto amava.

                  A mãe de Jonas é uma figura central neste drama: ela ama demais seu filho e quer ajudá-lo de todas as formas possíveis, lutando sempre contra um sentimento de culpa que a consome. É ela quem decide romper com a escola tradicional e começar a se integrar à cultura Surda. É encantadora a parte do filme em que Jonas descobre a linguagem dos sinais e começa a nomear todas as coisas ao mesmo tempo. A mãe e o irmãozinho compartilham esta aprendizagem e é bem feliz este final.

                  Na vida real, nem sempre é assim...Ainda é grande o preconceito com a língua de sinais e não é incomum que as crianças surdas cheguem às escolas da rede regular de ensino com a recomendação dos pais de que a linguagem de sinais não seja ensinada. O que as fonoaudiólogas responsáveis pelo acompanhamento destas crianças recomendam é, ou que o professor fale pausadamente, olhando para a criança, facilitando a leitura labial, ou o exato oposto disto, para que o resíduo auditivo, amplificado por um aparelho, seja estimulado.

                  Assim, tanto pela história envolvente, como pelas idéias que, mesmo passados mais de trinta anos de seu lançamento, ainda continuam polêmicas, “E seu nome é Jonas” é um filme que vale à pena ser visto.