domingo, 18 de outubro de 2015

TDAH: dicas de Barkley para o professor

Barkley  procura deixar bem claro que os professores não vão extrair o TDAH das crianças! Eles simplesmente têm que reorganizar o ambiente de modo a facilitar o crescimento e desenvolvimento dos alunos. 
A ideia central é exteriorizar. 
Exteriorizar o tempo e seu controle, exteriorizar as informações, exteriorizar a motivação. 

imagem: http://www.cliparthut.com/clip-arts/345/clock-clip-art-345125.png


Algumas ideias para gerenciamento do comportamento de alunos com TDAH:

ü  Criar uma referência externa para o tempo (utilizar relógios e timers).

ü  Partir tarefas grandes em tarefas menores com resultados mais imediatos.

ü  Reduzir o intervalo de tempo entre exercícios-respostas-resultados.

ü  Deixar as informações importantes visíveis e em lugar de destaque.

ü  Tornar a solução de problemas concreta: oferecer ábaco, bolinhas de gude e outros materiais.

ü  Fazer com que a motivação seja física e externa: o aluno com TDAH tem que ter algum ganho real e imediato.

ü  Gastar tempo no começo do ano para estabelecer regras de comportamento. Deixar as regras claras; recompensas e punições também. Prêmios e privilégios são mais significativos para a criança com TDAH do que elogios, atenção e boas notas.



ü  Mudar as recompensas periodicamente.

ü  Estimular o ensino por pares - duplas (um atua como professor, outro como aluno; depois os papéis são invertidos)

ü  Oferecer recompensas para grupos (mude sempre o aluno com TDAH de grupo).

ü  Fazer com que o aluno dê satisfações sobre o trabalho que realizou para outras pessoas na escola. 

ü  Utilizar cartões diários de comportamento.

ü  Se passar dever de casa, passar semanalmente para os pais se organizarem. Pesquisas indicam que o trabalho de casa é desnecessário para crianças e, para adolescentes, devem variar entre 1,5 a 2,5 horas diárias no máximo. 

ü  Aceitar um pouco de inquietação e movimentação na sala.

ü  Fazer pausas frequentes entre os exercícios.

ü  Usar métodos de participação, mas cuidado: não encorajar a impulsividade fazendo perguntas para os alunos levantarem a mão para responder; melhor utilizar cartões de resposta.

ü  Estimular a habilidade de digitação (porque a escrita a mão pode ser difícil e eles vão utilizar cada vez mais o computador no futuro)

ü  Praticar exercícios no computador, com a ajuda de softwares.

ü  Alternar atividades introspectivas com atividades mais atraentes.

ü  Deixar a criança escolher o objetivo inicial do trabalho; perguntar: quantos problemas você acha que pode fazer?

ü  Oferecer ajuda depois do horário escolar, livros gravados, vídeos; sugerir explicadoras.

ü  Pedir para o aluno fazer anotações de leituras e palestras (aulas expositivas).

ü  Falar menos (de modo curto, suave, objetivo) e tocar mais no aluno. Ser mais animado e teatral. Manter contato visual. Manter o senso de humor. Manter um senso de prioridade.

ü  Antecipar problemas e situações e planejar de antemão como serão conduzidos.

ü  O remédio pode ser necessário: 70 a 80% dos alunos com TDAH vão precisar de medicação em algum momento; pedir que a família procure médicos (no Brasil, neurologistas), se considerar necessário.


* Dicas para adolescentes:

ü  Fazer agendas semanais.

ü  Oferecer sala silenciosa para que façam provas; não dar tempo extra, mas utilizar timer para descontar idas ao banheiro e momentos de descanso, de modo que o tempo efetivo de prova seja igual para todos os alunos.

ü  Utilizar o método SQ4R para leitura de textos: vista geral (observando tamanho e assunto); observação das perguntas (quando houver exercícios sobre o texto); a cada parágrafo fazer leitura, pausa, identificação da informação principal e anotação do conteúdo central.


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