Barkley procura deixar bem claro que os professores não vão extrair o TDAH das crianças! Eles simplesmente têm que reorganizar o ambiente de modo a facilitar o crescimento e desenvolvimento dos alunos.
A ideia central é exteriorizar.
Exteriorizar o tempo e seu controle, exteriorizar as informações, exteriorizar a motivação.
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imagem: http://www.cliparthut.com/clip-arts/345/clock-clip-art-345125.png |
ü Criar
uma referência externa para o tempo (utilizar relógios e timers).
ü Partir
tarefas grandes em tarefas menores com resultados mais imediatos.
ü Reduzir
o intervalo de tempo entre exercícios-respostas-resultados.
ü Deixar
as informações importantes visíveis e em lugar de destaque.
ü Tornar
a solução de problemas concreta: oferecer ábaco, bolinhas de gude e outros
materiais.
ü Fazer
com que a motivação seja física e externa: o aluno com TDAH tem que ter algum
ganho real e imediato.
ü Gastar
tempo no começo do ano para estabelecer regras de comportamento. Deixar as
regras claras; recompensas e punições também. Prêmios e privilégios são mais
significativos para a criança com TDAH do que elogios, atenção e boas notas.
ü Mudar
as recompensas periodicamente.
ü Estimular
o ensino por pares - duplas (um atua como professor, outro como aluno; depois
os papéis são invertidos)
ü Oferecer
recompensas para grupos (mude sempre o aluno com TDAH de grupo).
ü Fazer
com que o aluno dê satisfações sobre o trabalho que realizou para outras
pessoas na escola.
ü Utilizar
cartões diários de comportamento.
ü Se
passar dever de casa, passar semanalmente para os pais se organizarem. Pesquisas indicam que o trabalho de casa
é desnecessário para crianças e, para adolescentes, devem variar entre 1,5 a
2,5 horas diárias no máximo.
ü Aceitar
um pouco de inquietação e movimentação na sala.
ü Fazer
pausas frequentes entre os exercícios.
ü Usar
métodos de participação, mas cuidado: não encorajar a impulsividade
fazendo perguntas para os alunos levantarem a mão para responder; melhor
utilizar cartões de resposta.
ü Estimular
a habilidade de digitação (porque a escrita a mão pode ser difícil e eles vão
utilizar cada vez mais o computador no futuro)
ü Praticar
exercícios no computador, com a ajuda de softwares.
ü Alternar
atividades introspectivas com atividades mais atraentes.
ü Deixar
a criança escolher o objetivo inicial do trabalho; perguntar: quantos problemas
você acha que pode fazer?
ü Oferecer
ajuda depois do horário escolar, livros gravados, vídeos; sugerir explicadoras.
ü Pedir
para o aluno fazer anotações de leituras e palestras (aulas expositivas).
ü Falar
menos (de modo curto, suave, objetivo) e tocar mais no aluno. Ser mais animado
e teatral. Manter contato visual. Manter o senso de humor. Manter um senso de
prioridade.
ü Antecipar
problemas e situações e planejar de antemão como serão conduzidos.
ü O
remédio pode ser necessário: 70 a 80% dos alunos com TDAH vão precisar de
medicação em algum momento; pedir que a família procure médicos (no Brasil,
neurologistas), se considerar necessário.
* Dicas para
adolescentes:
ü Fazer
agendas semanais.
ü Oferecer
sala silenciosa para que façam provas; não dar tempo extra, mas utilizar timer
para descontar idas ao banheiro e momentos de descanso, de modo que o tempo
efetivo de prova seja igual para todos os alunos.
ü Utilizar
o método SQ4R para leitura de textos: vista geral (observando tamanho e assunto); observação das perguntas (quando houver exercícios sobre o texto); a cada parágrafo fazer leitura, pausa, identificação da informação principal e anotação do conteúdo central.
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