Como iluminar um quarto por 40 dias só com uma batata
Jonathan
KalanDa
BBC Future
* Texto utilizado no Projeto
Feira de Ciências 2015
Veja
a matéria na íntegra aqui.
O pesquisador Haim
Rabinowitch e seus colegas dedicaram os últimos anos para tentar
criar aparelhos "movidos a batata" - extraindo energia
elétrica do tubérculo.
A ideia parece absurda, mas o cientista da Universidade Hebraica de
Jerusalém em Israel, diz que, com placas de metal, fios e lâmpadas,
é possível gerar energia assim.
"Uma batata tem potência suficiente para iluminar um quarto com
lâmpada LED por 40 dias", diz o Rabinowitch.
Os princípios desta técnica já são ensinados há anos nos
colégios e conhecidos desde 1780, quando o italiano Luigi Galvani
fez as primeiras experiências do tipo. Mas a tecnologia desenvolvida
em laboratório aumenta muito a potência.
A bateria com material orgânico é criada com auxílio de dois
metais: um ânodo (um metal como zinco, com eletrodos negativos) e um
cátodo (cobre, que possui eletrodos positivos). O ácido dentro da
batata forma uma reação química com o zinco e o cobre que libera
elétrons, que fluem de um material para o outro. Nesse processo, a
energia é liberada.
'Super batata'
Em
2010, os cientistas da universidade de Jerusalém começaram a fazer
experiências com diversos tipos de batatas para descobrir como
aumentar a eficiência energética.
Eles
descobriram que uma medida simples - cozinhar as batatas por oito
minutos - quebra os tecidos orgânicos e reduz a resistência,
facilitando o movimento dos elétrons e produzindo mais energia.
Outra
mudança pequena - fatiar a batata em quatro ou cinco pedaços -
aumentou a eficiência energética em até dez vezes.
Esses
testes conseguiram comprovar que pode ser economicamente viável usar
as batatas como fontes de energia.
"É
energia de baixa voltagem, mas é suficiente para construir uma
bateria que poderia carregar telefones celulares ou laptops em
lugares onde não há rede de energia", diz Rabinowitch.
A
análise de custos que eles fizeram sugere que uma batata cozida
ligada a placas de cobre e zinco pode gerar energia a um custo de US$
9 por quilowatt-hora. O custo da energia gerada por uma pilha
alcalina AA de 1,5 volt chega a ser 50 vezes maior. As lâmpadas de
querosene - usadas em muitos ambientes remotos para iluminação -
costumam ser seis vezes mais caras.
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